Independência da América Latina

Administração das colônias e organização social
As colônias latino-americanas eram administradas pelos chapetones (membros da elite espanhola que fiscalizavam as explorações nas colônias) e criollos (descendentes de membros da elite espanhola, donos de grandes propriedades de terra). Dessa forma, a organização social se dava da seguinte maneira: chapetones, criollos, servos, indígenas e escravos.
Processo de independência
A independência da América Latina foi favorecida pelo Bloqueio Continental, lançado por Napoleão Bonaparte, que desorganizou politicamente a metrópole e deu aos criollos uma oportunidade para defender seus interesses, influenciados pelas ideias iluministas. Procurava-se construir pa´íses no mesmo modelo da República dos EUA, apesar da dificuldade em implantar esse modelo de governo em uma sociedade tão desigual, onde também estava fortemente presente o caudilhismo (quando um governante se mantém no poder por meio de trocas de favores, suborno, corrupções, ameaças).
Principais líderes
Nessa jornada, destacaram-se como líderes Simon Bolívar, que possuia uma proposta unitarista, e José San Martin, que era a favor da fragmentação política com monarquias constitucionais. No entanto, a Gran Colômbia, proposta por Bolívar, não foi bem aceita pelas elites criollas locais, que preferiam manter seus privilégios e influência local.
Casos específicos
Na busca pela independência, os países México e Cuba diferenciam-se dos outros. A independência do México foi dividida em duas fases, sendo a primeira delas de interesse popular, liderada pelos padres Miguel Hidalgo e Morelos, e a segunda de apoio burguês, liderada pelo imperador Agustín I. Já Cuba foi o último país a tornar-se independente e, por isso, a luta pela emancipação foi mais intensa, o que chamou a atenção dos Estados Unidos, que decidiu intervir e apoiar os cubanos. Mais tarde, isso resultou em uma espécie de "dívida", que foi paga pela Emenda Platt, que afirmava que os EUA poderiam intervir política e militarmente em Cuba quando julgassem necessário.